AS CARACTERÍSTICAS DOS FARISEUS
Prometem liberdade, mas trazem
escravidão (2ª Pe 2.19; Gl 2.4). A falsidade não satisfaz (Is 32.6). Ensinam
heresias abomináveis (2ª Pe 1.21-22), e as pessoas tem grande prazer nisto (Jr
5.31). Têm visões falsas e profecias falsas (Jr 14.14; Jr 23.25-32). Têm sonhos
falsos (Jr 23.32; Zc 10.2). Fingem ser cristãos (ovelhas) (Mt 7.15; Gl 2.4; 2ª
Pe 2.1-3). Observe a vida das pessoas e não somente a suas palavras (Mt
7.16-20). Às vezes fazem grandes sinais e milagres (Mt 24.24; Mc 13.22), Mas
são falsos apóstolos, mestres e profetas.
I. EGOCÊNTRICOS
Egocentrismo, à luz da psicologia, diz respeito ao conjunto de atitudes ou comportamentos de um indivíduo que se refere essencialmente a si mesmo. Essa tendência é contrária a Palavra de Deus, que condena a soberba, o orgulho. Todos esses termos, com significações especificam, inter-relacionam-se, designando o culto ao “eu”, ou seja, é a tendência e atitude de quem revela pouca ou nenhuma solidariedade e busca viver exclusivamente para si; também associada a egolatria.
Egocentrismo, à luz da psicologia, diz respeito ao conjunto de atitudes ou comportamentos de um indivíduo que se refere essencialmente a si mesmo. Essa tendência é contrária a Palavra de Deus, que condena a soberba, o orgulho. Todos esses termos, com significações especificam, inter-relacionam-se, designando o culto ao “eu”, ou seja, é a tendência e atitude de quem revela pouca ou nenhuma solidariedade e busca viver exclusivamente para si; também associada a egolatria.
Foi o Diabo o primeiro a cultuar o “eu”, tentando,
inclusive, igualar-se a Deus (Is 14.12-15 e Ez 28.15-17).
Um dos quadros mais pintados por Jesus está na sua parábola do fariseu e do
publicano a orarem no templo. O fariseu se ufanava e exaltava-se de sua bondade
e religião e seu egocentrismo, acusava o seu irmão e quanto o contrito
publicano suplicava a misericórdia divina para si dizendo: “pobre pecador”.
Jesus fez pouco caso das orações formalistas, dos jejuns, das dádivas, dos
dízimos por obrigação, e louvou as atitudes apropriadas e naturais que procedem
do coração. Ensinou Seus discípulos não ir além das prescrições da lei e dos
profetas, e os ajudou a olhar mais para os motivos e intenções do que para os
ritos exteriores (Lc 18.11-14).
O fariseu e o publicano mostram duas atitudes diferentes
acerca de pecado. O pecado do fariseu estava tão bem escondido atrás da sua
justiça própria e religiosidade, que ele não o enxergava; mas o pecado do
publicano, patente a si mesmo e a Deus, parecia tão negro e grande que ele
batia no peito, indicando tristeza de coração por ter pecado contra um Deus
Santo (v.13).
Aqueles que se escondem atrás do pretexto de ser um “líder nato”,tiveram uma
personalidade distorcida pelo egocentrismo.
Fazia-se necessário, portanto,
positiva e dinamicamente o lado espiritual da religião, para que o povo se
sentisse suficientemente preparado para enfrentar e solucionar os problemas da
vida. E isso Jesus buscou fazer, ensinando a verdadeira religião a seus
discípulos.
II. LOUVAM A SI MESMO
“Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens.... Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens” (Mt 23.5-7).
“Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens.... Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens” (Mt 23.5-7).
Os hipócritas gostam de ser glorificado pelos homens (Mt 6.2),pois dos homens
buscam a glória. Jesus condena os que assim procedem.
Buscar arrogantemente o poder não é atributo espiritual. É sinal de
egoísmo e orgulho. Todo aquele que deseja o poder para obter prestígio é
traiçoeiro. Têm prazer em chegar ao topo pela escada da adulação. Quando um
líder cristão caminha em busca do poder, ele nega a cruz de Cristo.
Os fariseus da época de Jesus faziam tudo para produzir
falsas aparências, buscavam a primazia nas sinagogas, faziam questão de ser
lisonjeados, procuravam honra e glória para si. Esquecem que a honra deve vir
do Senhor Deus, e não buscada para si. Os fariseus estavam preocupados pela
posição religiosa, e não com a salvação do pecador.
A primazia dos fariseus da atualidade é estar em um
pedestal como se fosse um rei, tomaram o lugar dos Reis dos reis e
esqueceram-se das Palavras do apóstolo Paulo na carta aos Romanos cap. 1.25 que
diz: “... honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito e
eterno”.
Existem “líderes” que todas as comemorações e festas da sua
igreja devem estar voltadas para si, ou seja, ele é o centro das atenções. É
como Jesus diz: “... e fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos
homens”. Jesus nem se quer é convidado.
O segredo da vitória do obreiro em geral é a humildade. A
Bíblia diz que a humildade vai adiante da honra. Não estou me preocupando se
serei honrado ou como serei honrado, mas com a humildade diante do Senhor.
Infelizmente conhecemos alguns que quando ocupam lugar atrás dos microfones
deixam subir à cabeça. Os cooperadores da igreja se tornam seus empregados
particulares, e ainda acham que outros têm obrigações para com eles. A
humildade e a adoração a Deus são os pontos primordiais. Por isso gosto de
Davi; era um homem humilde segundo o coração de Deus e gostava de adorar Seu
Santo nome.
Na igreja de Corinto já existiam os tais, portanto, Paulo
adverte a igreja dizendo: “Porque não ousamos classificar-nos ou comparar-nos
com alguns que se louvam a si mesmo: mas eles, medindo-se consigo mesmo e
comparando-se consigo mesmo, revelam insensatez” (2ª Co 10.12). “Porque não é
aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor louva” (2ª Co
10.18). O que vale não é a auto-apreciação, mas a recomendação de Deus.
Aquele que sendo motivado pela
soberba busca a honra dos homens perde a glória eterna. O senhor Deus diz no
livro do profeta Isaías: “A minha glória, não a dou a outrem” (Is 48.11). Os
humildes serão sempre exaltados e os exaltados serão humilhados (Mt 23.12).
Portanto, deixe a honra vir de Deus, mas não corra atrás para não cair. A honra
deve ser conquistada, mas não obrigada. Por isto o mestre Jesus diz:
“Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes
vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste”
(Mateus 6.1).
III. SÃO ARROGANTE
“E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se
humilhar será exaltado. Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois
que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar
aos que estão entrando” (Mt 23.12-13).
O que Jesus nos ensina nestes textos: Não desejar honra dos homens (6-12). Não há nada mais fatal. Nosso Senhor muitas vezes referiu-se a isso: “Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus único?” (Jo 5.44).
Que devemos amar, servir e fazer o bem, sem outro motivo a não
ser o empenho para que os homens sejam ajudados e abençoados, e Deus servido.
Os sinais dos fariseus (23.1-12). A sua hipocrisia
(1-4) e a sua ostentação (5.12). Devemos distinguir entre seu caráter e seu
ofício. Jesus mandou respeitar o oficio e ensino, mas não a conduta dos
fariseus, isto é, se aceitamos a tradução comum dos versículos 2 e 3.
Uma das características dos fariseus é que enganam o povo
comum sobre a verdade fundamental, especialmente a verdade de como obter a
salvação eterna; em vez disso mantêm essa verdade para si mesmo, como uma forma
de poder e de privilégio. Jesus falou diretamente sobre essa terrível situação
em Lucas 11.52: “Ai de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência;
vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam”.
“Para envergonhar os sábios, Deus escolheu aquilo que o mundo acha
que é loucura; e, para envergonhar os poderosos, ele escolheu o que o mundo
acha fraco. Para destruir o que o mundo pensa que é importante, Deus escolheu
aquilo que o mundo despreza, acha humilde e diz que não tem valor. Isso quer
dizer que ninguém pode ficar orgulhoso, pois sabe que está sendo visto por
Deus” (1ª Co 1.27-29NTLH).
Paulo não está dizendo que os cristãos não tinham do
que se orgulhar. Pelo contrário, disse-lhes que, ao gloriar-se das coisas que
eram motivo de orgulho para o mundo, estavam se gloriando das coisas erradas.
“Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1ª Co 1.31). É claro que
isto não é uma aprovação aos fanáticos religiosos e egoístas que vivem por aí e
reivindicam que todas as suas opiniões a respeito de tudo são corretas, porque
conhecem o Senhor. O principal ensino desta afirmação é que o gloriar-se humano
é maligno, pois eleva o ego ao lugar mais alto. Infelizmente, é possível
acontecer tanto no campo religioso como em qualquer outro. Este tipo de gloriar
é realizado com o propósito de enaltecer a ponto de vangloriar-se do que se
faz. Indica que estamos nos focalizando no que é efêmero e não no espiritual.
A única coisa transcendente para
o ser humano é o conhecimento de Deus: “Mas o que se gloriar, glorie-se nisto:
em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça
na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR”.
IV. SÃO AVARENTOS
À luz das Escrituras, os fariseus têm sempre no seu
perfil algumas características especifica. Mas a Bíblia aponta como defeito
principal do falso profeta:
“...que devoram as casas das viúvas, fazendo, por pretexto, largas orações. Estes receberão maior condenação” (Lc 20.45-47).
Apesar de sua falsa religiosidade, os fariseus eram
avarentos. Faziam longas orações para lograr e devorar as casas das pobres viúvas.
Eles tinham como mandamento cuidar das viúvas, órfãos e necessitados, porém
eles agiam com um espírito cobiçoso.
Avareza, de acordo com o original, é ganância, e se aplica a alguém que
nunca esta contente com que tem; sempre querendo o que é dos outros. Avareza na
Bíblia é comparada com o pecado de idolatria (Cl 3.4), porque a pessoa coloca
toda sua concentração naquela coisa que está roubando a posição de prioridade
de Deus em sua vida.
Através de seu fervor religioso eles fariseus exploravam os mais
pobres e idosos. Não sabemos exatamente como eles “devoravam” as casas das
viúvas; talvez persuadindo-as a fazer grandes doações além de suas condições.
Certamente, pessoas de má fé no meio religioso hoje em dia têm este mesmo
procedimento. Alguns até ridicularizam as doações pequenas e garantem bênçãos
financeiras do Senhor em troca de enormes ofertas.
Eram hipócritas fingidos, falsos.
Faziam prolongadas orações para tirar proveito das pobres viúvas; aquelas que
eles deviam ajudar, pois é a verdadeira religião (Tg 1.27), estavam devorando.
Mas Jesus os advertia: “vocês vão sofrer maior juízo seus fariseus”.
1. Pregam por ganância.
Hoje existem certos “lideres espirituais” que pregam sobre
prosperidade ensinam que Deus quer que todos os seus filhos sejam ricos e que
uma pessoa somente adoece por falta de fé. São mundanos e extremamente
interessados nos prazeres terreais.
Em nome da fé evangélica algumas denominações estão
extrapolando no zelo por arrecadar numerário para a manutenção da Casa do
Senhor. Ora, o compromisso de ajuda pecuniária do crente se restringe única as
contribuições voluntárias, se estas, examinados os motivos, forem
indispensáveis ao atendimento de alguma despesa extra.
Tem havido interpretações perversas acerca das contribuições
para a casa do Senhor. Os dízimos passaram a ser um meio de salvação, e não há
limites na fixação das ofertas. O dinheiro tem sido a legalidade de salvação e
esqueceram que a base da nossa salvação é o precioso sangue de Jesus. É preciso
que os desavisados entendam que não podemos comprar as bênçãos de Deus; que não
asseguramos a salvação com as obras de nossas mãos; que devemos buscar
“primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas” (Mt 6.33).
Em segundo lugar devemos garantir a nossa salvação mediante
sincero arrependimento, confissão dos pecados, mudança de vida, aceitação de
Jesus como Senhor e Salvador. Na qualidade de salvos, de crentes em Jesus,
então cumpriremos seus mandamentos, inclusive o de contribuir e, nessas
condições, faremos jus a todas as bênçãos e promessas catalogadas na Bíblia.
A grande maioria dos que buscam essas denominações que
anunciam um evangelho deturpado e viciado são almas frágeis, enfraquecidas
pelos embates da vida, e ali vão dispostas a fazer o sacrifício que for
sugerido ou determinado. Não têm o conhecimento bíblico para refutar as
heresias. Assim, acreditam que se venderem todos os seus bens e entregarem todo
o dinheiro “aos pés de Jesus” terão resposta imediata de Deus. A teoria do TUDO
OU NADA é anti-bíblica e, portanto, herética.
Os exemplos a seguir, pelo inusitado e extravagância
teológica, sem paralelo na história recente da Igreja, denotam uma situação de
ambição desenfreada, de loucura inteligente, de ânsia incontida, só comparável
aos tempos da diabólica Inquisição e da venda de indulgências.
Eles sabem, os promotores do
mercantilismo religioso, que o povo brasileiro traz consigo a herança maldita
da idolatria, exemplo das imagens dos santos falecidos, como algo tangível,
visível, capaz de “auxiliar” na comunhão com Deus. Sabedores disto procuram
preencher a lacuna substituindo os ícones por outras coisas, seja uma rosa, uma
fitinha, um cajado, um manto, um lenço, uma vassoura, um sabonete ungido etc. É
realmente uma jogada inteligente. É imperioso que o povo de Deus saiba que
coisas não transformam vidas, não trazem bênçãos, não afastam as maldições, não
purificam os lares. A finalidade da igreja não é arrecadar dinheiro, e o
principal compromisso dos crentes não é contribuir com somas cada vez maiores.
Há casos em essas inovações desvirtuam o ensino da Palavra de Deus,
voltando às fábulas, exatamente como previsto por Paulo, em sua célebre
advertência a Timóteo. (2ª Tm 4.3-4).
O crente em Jesus deve estar atento quanto às distorções da
Palavra de Deus e enganos sutis do diabo no meio cristão. Confesso que estou
muito preocupado com o rumo que as igrejas evangélicas, principalmente as
renovadas, têm tomando. Muitas doutrinas estranhas ao cristianismo estão sendo
sutilmente injetadas, doutrinas de anjos e técnicas para curar os enfermos.
Muitos pastores e líderes, na ânsia de verem suas igrejas crescerem e serem
avivadas, estão adotando métodos e técnicas estranhas sem uma criteriosa
investigação de seus aspectos, muitas vezes ocultos.
O modismo é crescente e desenfreado e tem tomando lugar das
reuniões de oração e estudo da Palavra. Quase não se convida mais para reuniões
de estudos bíblicos e quando alguém se atreve, aparece apenas um pequeno grupo.
Nos ensinos de Jesus Ele atraía multidões para ouvi-lo, mas os seguidores do
“evangelho” mercantilista preferem freqüentar um culto com nome extravagante,
por exemplo: reunião para desencapetamento, corredor de fogo, novena das nove
fitas, sete quinta feira etc. Essas inovações exibicionistas têm arrastado
multidões atrás de um evangelho fácil para alcançar a “prosperidade”. Ao
contrário do que ensinou Jesus: “E estes sinais acompanharão aos que crerem...”
(Mc 16.17). Mas o que vemos e ouvimos é o contrário. Os líderes com suas
mensagens atraentes têm levado as pessoas a correrem atrás dos sinais, usando a
sutileza do engano.
Hoje as pessoas numa grande maioria
superlotam igrejas, mas não para ouvirem sobre cair nas mãos do Deus que odeia
o pecado, não para ouvirem sobre santidade, não para ouvirem a respeito de
viver como sal e luz num mundo perdido, mas as pessoas enchem os templos para
participarem de cultos de bênçãos, de vitórias, de negociar com Deus, de obter
as bênçãos de Deus, desde que dinheiro esteja envolvido.
“Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo
que tendes em nós. Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas
vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz
de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória
deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas.
Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o
Senhor Jesus Cristo” (Fl 3.17.20).
[....] Ele transforma o Evangelho de Jesus em objeto de liquidação. Vende às pessoas um lugar no céu; não tem nenhum escrúpulo de cobrar quantias vultosas por uma oração de libertação e cura. Negociam com os carismas de Deus, dizendo estarem incentivando a fé. De acordo com o apóstolo Paulo, os que agem assim se tornam inimigos da cruz de Cristo, porquanto o seu Deus é o ventre e a sua glória é a vergonha (Fp 3.18-19) [PAULO CÉZAR LIMA. Separando o Verdadeiro do Falso, Obreiro, ano 22, nº 11, Pg. 90. Editora, CPAD, Rio de Janeiro – RJ.
[....] Ele transforma o Evangelho de Jesus em objeto de liquidação. Vende às pessoas um lugar no céu; não tem nenhum escrúpulo de cobrar quantias vultosas por uma oração de libertação e cura. Negociam com os carismas de Deus, dizendo estarem incentivando a fé. De acordo com o apóstolo Paulo, os que agem assim se tornam inimigos da cruz de Cristo, porquanto o seu Deus é o ventre e a sua glória é a vergonha (Fp 3.18-19) [PAULO CÉZAR LIMA. Separando o Verdadeiro do Falso, Obreiro, ano 22, nº 11, Pg. 90. Editora, CPAD, Rio de Janeiro – RJ.
E o que dizer de
Jesus Cristo ao chamar os fariseus de raça de
víboras, sepulcros caiados ou filhos do Diabo? Palavras torpes? Definitivamente
não; nem chamar os profetas da prosperidade de estelionatários da fé,
enganadores, ladrões, mercenários, salafrários, lobos, falsos curandeiros, etc,
significa usar palavras torpes. São palavras qualificadoras precisas para
designar pessoas e práticas condenáveis.
A visão de Jesus a
respeito do dinheiro é bastante realista, principalmente, ao
referir-se a este como um deus-pagão (Mt 6.24; Lc 16.13), revelando a
insensatez daqueles que se fiam nos seus pertences (Lc.16.1-13), indicando
aonde devemos entesourar (Mt 6.19-21). Paulo também admoesta os cristãos para
que não se deixem levar pelo amor ao dinheiro (1ª Tm 6.10) e Tiago chama a
atenção para aqueles que são controlados pela cobiça (Tg 4.2,3). O cristão pode
buscar alcançar uma condição favorável de vida em gratidão (1ª Tm 4.4; 6.17).
Mas, diferentemente da visão mundana, não vivemos ansiosos por coisa alguma,
fazemos a nossa parte, sem ansiedade (Mt 6.25-34), tendo o contentamento como
meta (1ª Tm 1.8), cientes, também, de que precisamos auxiliar aos necessitados,
viúvas e missionários (1ª Ts 1.11; Ef 4.28; 1ª Co 16.2-3). Afinal, fomos
chamados não para acumular riquezas, mas para o amor em sacrifício (1ª Co 13;
1ª Jo 3.16).
Os fariseus além de trazer um ensino expressamente errado ao
povo, mas também em seus corações. A desonestidade com a mensagem do evangelho
vai criar a desonestidade na vida. As forças interiores que produzem a mensagem
desviada, a princípio (orgulho da vida, temor dos homens, amor ao dinheiro,
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (1ª Jo
2.16), inevitavelmente se manifestarão no comportamento, ainda que sutilmente.
Esta é a razão pela qual a advertência de Jesus sobre os falsos profetas leva
tão naturalmente a uma discussão para testá-los pelo seu caráter, bem como pela
sua mensagem.
Os ais da hipocrisia (Lc 13-39). “Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas! Pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas
orações; por isso, sofrereis mais rigoroso juízo. Ai de vós, escribas e
fariseus, hipócritas! Pois que percorreis o mar e a terra para fazer um
prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes
mais do que vós. Ai de vós, condutores cegos! Pois que dizeis: Qualquer que
jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é
devedor. Tolos e cegos! Qual é mais importante: o ouro ou o Templo que
santifica o ouro?” (Mt 23.14-17).
Notemos os pecados destes fariseus hipócritas: Fecham o
reino dos céus; não entravam, nem deixavam que os outros entrassem (v. 13).
Contudo tinham a certeza de que as suas doutrinas, que tiveram esse resultado,
eram corretas. Este longo discurso, em que Jesus censura os escribas
e fariseus, não se encontra completos nos outros evangelhos.
Tinham zelo de fazer prosélito (v.15), mas seus prosélitos não
eram melhores do que eles. Diziam-se guias, mas levam os outros para a cova (Lc
6.39).
Eram escrupulosos em pequenas observâncias, mas falhavam no juízo,
na misericórdia e na fé (v.23). Eram limpos exteriormente, mas impuros em
pensamentos e desejos (v. 27).
Professavam grande respeito pelos mártires do passado,
mas não entendiam às verdades que eles ensinavam, e perseguiam os atuais
profetas dessas verdades.
[...] O Dr. Scroggie chama a atenção para os oitos “ais”
que Jesus pronuncia sobre os fariseus: O Senhor reprova no primeiro uma
perversa obstrução; no segundo, uma capacidade cruel (v. 14); no terceiro, um
zelo fanático (v. 15); no quarto, uma discriminação casuística (16-22); no
quinto, uma escrupulosidade frívola (23-24); no sexto, uma devoção superficial
(25-26); no sétimo uma religiosidade pecaminosa (27-28); no oitavo, uma
reverência fingida (29-33), o tipo de reverência que zela os túmulos dos
profetas falecidos enquanto quer matar os profetas vivos [McNAIR P. 326].
“Os tais são murmuradores, são descontentes,
andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes
arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros” (Jd 1.16).
E nesse sentido há muitas maneiras sutis de os dissimuladores propalarem
“grandes arrogâncias” sem perderem a imagem espiritual de “humildade” e
“santificação”.
Judas diz que tais pessoas são veementes barulhentas, ousadas e
plenas de histórias impressionantes sobre elas mesmas. Aliás, sempre que elas
se introduzem numa reunião cristã é através do alardeamento que fazem de suas
“experiências espirituais”.
É muito fácil propalar grandes coisas sobre si mesma
sem perder o status da espiritualidade. Eles impressionam por esses
propaladores de grandes coisas.
Judas diz que eles são arrogantes, porque sempre que se exaltam, fazem
isso na perspectiva de se colocarem como mais experientes do grupo, ou como
aqueles com os quais Deus fala mais diretamente. Por isso é que eu digo a você.
Segundo a Bíblia é impossível servir a Deus e às
riquezas ao mesmo tempo (Mt 19.23-26; Pv 16.5), porque o senhorio de Mamom é
contrário ao de Cristo (Mt 6.24). Portanto, cada cristão deve examinar a si
mesmo e perguntar: “sou cobiçoso?” “Sou egoísta?” “Aflijo-me perdendo a paz e o
sono para ficar rico?” “Tenho intenso e incontido desejo de honrarias,
prestígio, fama, poder e posição?” Já os que são ricos não devem julgar-se como
tal, e sim como administradores dos bens de Deus (Lc 12.31-34, 42,43). Os tais
devem ser generosos e fartos em boas obras (Ef 2.10; 4.28; 1ª Tm 6.17-19).
Quando um crente é estimulado a só pensar em bênçãos, torna-se
cada vez mais egocêntrico e individualista. Ele não freqüenta as reuniões da
igreja a fim de cultuar a Deus, e sim para satisfazer as suas necessidades. A
sua fé é direcionada apenas à consecução de vitória, ignorando os heróis da fé
fecharam as bocas dos leões e escaparam da espada (Hb 11.33-34), mas também
pela mesma fé foram maltratados, torturados, apedrejados, serrados e
desamparados (Hb 11.25, 35-38).
Paulo advertiu a Igreja a não se imaginar numa redoma de prosperidade: “E, tendo anunciado o Evangelho naquela cidade e feito muito discípulos, voltaram... fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, por meio de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14.21-22).
Jesus revelou à igreja de Esmirna, no Apocalipse, o teor de sua missão: “Não temas as coisas que tens de sofrer” (Ap 2.10).
Quem se obriga verbalmente a dar tudo, se adorado, é o diabo, nunca Deus (Mt 4.9). A espiritualidade judaico-cristã não se estabelece sobre utilitarismos. Deus não quer adoração por aquilo que Ele dá, mas por quem Ele é.
Paulo advertiu a Igreja a não se imaginar numa redoma de prosperidade: “E, tendo anunciado o Evangelho naquela cidade e feito muito discípulos, voltaram... fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, por meio de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14.21-22).
Jesus revelou à igreja de Esmirna, no Apocalipse, o teor de sua missão: “Não temas as coisas que tens de sofrer” (Ap 2.10).
Quem se obriga verbalmente a dar tudo, se adorado, é o diabo, nunca Deus (Mt 4.9). A espiritualidade judaico-cristã não se estabelece sobre utilitarismos. Deus não quer adoração por aquilo que Ele dá, mas por quem Ele é.
O triunfalismo afasta o cristão da sã
doutrina sem que ele perceba, levando-o a pensar que as aflições não são uma
realidade da vida cristã (1ª Pe 5.8-10; 2 Co 8.1-2; Rm 8.18; 2ª Co 1.6; 1ª Pe
2.19-21; 2ª Tm 3.12). A nossa vitoriosa caminhada rumo ao céu deve ser
caracterizado pela renúncia do “eu” (Lc 9.23; Fl 3.13-14; 2ª Tm 2.3; 2ª Co 1.5;
e 2.4). Portanto, lembramo-nos das palavras de João Batista acerca de Jesus:
“que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30).
2. Ministros do rebanho de Deus.
Nas palavras finais da sua primeira carta, Pedro trata
dos presbíteros, pastores e líderes espirituais e suas atitudes ao cuidarem do
rebanho de Deus. Muitos abusam da autoridade, mesmo quando dada por Deus.
Existem aqueles que chegam até a pensar ser alguém muito especial e mais
importante do que o rebanho a que está servindo. Talvez tenham esquecido que o
rebanho é do SENHOR Jesus o sumo Pastor.
“Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles,
e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que
há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por
constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância,
mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes,
tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar,
recebereis a imarcescível coroa da glória” (1ª PE 5.1-4).
Ministros Pastores e dirigentes das igrejas devem
acautelar-se de dois pecados perigosos. 1) A ambição por dinheiro; 2) A sede de
poder.
O pastor deve servir o rebanho de
Deus:
Não por
necessidade.... mas
espontaneamente.
Não por ganância....
mas de boa vontade.
Não como um
ditador... mas sendo
modelo do rebanho.
Aqueles que são líderes precisam tomar cuidado com
estas três atitudes destrutivas e erradas ao servir o rebanho de Deus.
A admoestação do apóstolo Pedro aos ministros é para servirem ao
Senhor sem avareza, sem usar a força, mas voluntariamente e de ânimo pronto e
nem como dominadores, ou seja, donos da igreja, mas servindo de exemplo ao
rebanho. Não quero aqui estipular o ordenado de um ministro, mas sim combater o
comércio que algumas igrejas que se dizem evangélicas estão fazendo com a obra
de Deus.
A Igreja é do Senhor Jesus e não dos homens. Jesus demonstrou o
maior amor em dar a Sua vida por ela, não existe preço que pague a salvação de
uma alma. Os ministros são escolhidos para ensinarem a Palavra e cuidar o
rebanho do Senhor, mas não para fazer comércio.
Devemos contestar aquilo que julgamos ser contrário à Palavra
de Deus. Combater aquilo que consideramos estranho ao Evangelho, ou seja, o uso
de objetos para usufruir melhores bênçãos de Deus ou para afastar maldições.
Devemos alertar incessantemente o povo de Deus sobre algumas heresias no meio
evangélico. O cristão-evangélico necessita usar alguma coisa tangível (cordões,
anéis, pulseiras, vassouras, varinhas mágicas, pedras, cajados, rosas, sal
grosso, etc), que funcionariam como amuletos, para receber ou aumentar as bênçãos
divinas, garantir salvação, aumentar a fé ou afastar demônios ou maldições? De
maneira nenhuma devemos usar estes tipos de amuleto, Jesus Cristo disse na sua
Palavra: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século”.
Sabemos que a Bíblia diz que o anjo do Senhor acampa ao redor dos que os teme e
os livra; e Paulo diz aos Corinto que o Espírito Santo habitas em nós, por isso
não precisamos de amuletos como muitas igrejas estão ensinando, a nossa fé deve
ser fundamenta em Cristo Jesus e na sua Palavra. A compra e venda de
objetos para serem usados como amuletos, ainda que com o objetivo de cobrir
despesas extras, não condiz com a vida cristã. Devemos ensinar o povo
contribuir de coração, mas não usar artimanhas anti-bíblicas.
Lamentavelmente a indústria da fé tem substituído os sãos
princípios que emanam da Palavra de Deus. Com a adoção de práticas místicas e
outros elementos de sabor duvidoso, as correntes dos “milagres” há muito
perderam o fio da meada no que tange ao verdadeiro sentido do Evangelho de
Cristo. Como no romanismo, onde até o Senhor Jesus é substituído por coisas,
relíquias, ossos de santos, manto e por sua mãe, no meio dito evangélico só
mudam os ingredientes, permanecendo o mesmo sentido. A finalidade é quase a
mesma auferir lucros para manter a organização a pleno vapor. Enquanto isso a
verdade continua sendo ignorada pela multidão em demanda do benefício. Uma
verdadeira inversão de valores tem ocorrido ultimamente com a adoção de medidas
“profiláticas” visando libertar o corpo em detrimento da alma que permanece tão
maculada como uma fornalha a expelir fuligem. Nota-se que o convite feito aos
milhares é no sentido de receberem benefícios físicos e prosperidade, nunca
para que o ser humano se reconheça pecador, arrependa-se e entregue-se a Jesus.
A Bíblia dá a receita para ficarmos livres das investidas
do diabo e de seus demônios: “Sujeitai-vos, pois, a Deus. Resisti ao diabo, e
ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós. Lavai as mãos,
pecadores, e vós de duplo ânimo, purificai os corações” (Tg 4.7-8). Para uma
pessoa livrar-se do mal basta aproximar-se de Deus com fé e obediência,
arrepender-se e afastar-se do pecado. A Bíblia diz: “Se o meu povo, que se
chama pelo meu nome, se humilhar, e orar e buscar a minha face, e se converter
dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados,
e sararei a sua terra” (2ª Cr 7.14). Não é preciso enxotar o diabo. Ele fugirá
diante de um crente fiel. Dispensáveis, pois, vassoura santa, sabonete ungido,
sal grosso, óleo de Jericó e tantas outras inutilidades.
Não sei por qual razão os mercadores
ainda não lançaram no mercado da fé produtos de há muito conhecidos, tais como
vela de sete dias, rosário, imagens e chifre de boi. E por que não uma pirâmide
ungida, uma cabeça de bode, um tridente para ferrar o diabo? Ou uma corda para
amarrar os demônios? Por que não santificar e ungir todos os símbolos do
Movimento Nova Era e do ocultismo, e vendê-los? Poder-se-ia alegar que o
sagrado estava tomando o lugar do profano. Que tal a idéia da imagem ungida do
Senhor Jesus na Glória, ou o cristo redentor do Rio de Janeiro? Pois o seu
sangue e o seu manto já não estão nas prateleiras? Há realmente campo para
diversificação nessa área: o perfume de Madalena, já cantado em hinos, poderia
ser ungido para ser usado no dia-a-dia; os cabelos que enxugaram os pés de
Jesus; o jumentinho ungido, que carregou Jesus; pedaços da cruz de Cristo;
pequenas gotas do mar vermelho, por onde o povo passou; a capa milagrosa de
Elias; fios da barba de Arão.
Estas inovações eu considero fogo estranho no meio da congregação.
Estas inovações eu considero fogo estranho no meio da congregação.
V. TÊM APENAS VESTES
DE SANTO
“...pois alargam
seus filactérios e alongam as suas franjas...” (Mt 23.5b).
Filactérios eram cápsulas, ou rolos de couro, que os judeus usavam na testa, perto do coração, e no braço esquerdo, que continham quatro passagens bíblicas: (Êx 13.10, 11, 16; Dt 6.4-9; 11.13-21).
Franjas: são bordas descritas em Nm
15.37-41, usadas de maneira singular, como lembrete visível da profissão
religiosa dos judeus. Os fariseus desenvolveram esse costume até
sobrecarregá-lo de minúcias, esquecendo-se, porém da sua singeleza mensagem
espiritual.
Faziam tudo para produzir falsas
aparências. Praticavam obras procuravam ser diferentes apenas no exterior, mas
seu interior estava corrompido.
a) Jesus pregou o evangelho do Reino e não sistema humano.
Não se trata de um reino físico ou político, mas
espiritual, a saber, o predomínio de Deus sobre um povo por Ele remido (Rm
14.17; 1ª Co 4.20; 2ª Ts 1.5). É o povo genuinamente cristão, remido por
Cristo, que aceita as condições do reino de Deus e se esforça por viver em
obediência à sua vontade. É, também, um reino invisível. Jesus
declarou que o seu reino não se pode ver fisicamente, porque não vem com
aparência exterior. O reino que Ele estava implantando situava-se a partir do
coração dos seus discípulos (Lc 17.20-21). É um reino que se manifesta no ser
humano, de dentro para fora. Por isso as ações do homem salvo por Cristo são a
expressão do Reino de Deus na sua presente manifestação através da Igreja de
Cristo.
“Cuidado com os mestres da lei, que gostam de usar capas compridas e
de ser cumprimentados com respeito nas praças. Eles escolhem os lugares de
honra nas sinagogas e os melhores lugares nos banquetes. Exploram as viúvas e
roubam os seus bens; e, para disfarçar, fazem orações compridas. Portanto, o
castigo que eles vão sofrer será pior ainda!” (NTLH).
Jesus refere-se aqueles que têm aparência exterior, mas
por dentro estão contaminadas pelo orgulho, ganância e a cobiça do poder.
Existem “cristãos” que exteriormente são belos, lindos, mas o seu interior está
contaminado, corrompido, cheio de rapina e hipocrisia, avareza, egocentrismo,
por fora muito lindo, mas por dentro como um sepulcro invisível. Jesus nos
ensina primeiro limpar o interior, pois se aparência fosse santidade, Jesus
teria elogiado os fariseus, no entanto Ele repreendia-os severamente. E quando
os fariseus vieram ter com João Batista no rio Jordão, ele cheio de coragem e
poder replicou-os dizendo: “Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira
vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.7, 8).
Nos dias de Jesus os fariseus não saudavam os samaritanos e
nem gentios, pois eles achavam-se mais santos do que todos. Mas nos dias de
hoje ainda existem estes tais que não cumprimentam irmãos de outras
denominações, e às vezes até de sua própria denominação, pois são diferentes e
mais santos. Um simples cumprimento poderá contaminá-los.
[...] Chegamos ao ponto em que o Senhor põe à prova a
transparência da vida cristã, deixando claro que nem tudo que reluz
espiritualmente é sinônimo de vida cristã autêntica. Assim, por mais que alguns
tentam esconder-se atrás da capa da falsa religiosidade, fica também claro que
a vida cristã é transparente. Os que agem de forma fraudulenta dentro da casa
de Deus não conseguem prolongar suas ações por muito tempo porque a má
qualidade de seus frutos será exposta pela ciência de Deus. O Senhor não quer
apenas folhas (cabelo, gravata, paletó etc), mas fruto. Jesus conhece a árvore
pelos frutos e não pelas folhas.
Jesus condena a hipocrisia e falsa religiosidade dos
fariseus. Tinham roupas de santos, mas eram falsos. Gostavam de fazer
saudações “Schalon”, ocupar os primeiros lugares nas sinagogas, mas eram
avarentos com pretexto de largas orações devoram as casas das pobres viúvas.
Fingiam amar a Deus e Sua Palavra, mas não amavam seus semelhantes.
Quando lemos o livro do profeta Jeremias, onde Deus
ordenou o profeta descer a casa do oleiro para ver como se faz um vaso. O
artista que molda o vaso começa de dentro para fora e não de fora para dentro.
O vaso somos nós, que também devemos ser moldado de dentro para fora no
interior do coração, de onde procede a saída para a vida. Mas, os fariseus nos
tempos de Jesus e também nos dias atuais se preocupavam apenas com exterior do
vaso, principalmente aqueles que ensinam que as mulheres devem usar vestidões e
cabelos compridos para diferenciar do mundo e esquecem o interior.
“Não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é
circuncisão o que é meramente exterior e física. Não! Judeu é quem o é
interiormente, e circuncisão é operada no coração, pelo Espírito, não pela lei
escrita. Para estes o louvor não provém dos homens, mas de Deus” (Romanos
2.28-29).
Os expositores sectários preocupam-se
com a aparência, pois costumam apresentar o seu movimento como um paraíso
perfeito (2ª Tm 3.5). Infelizmente, muitos são os que caem nessas armadilhas.
Uma vez fisgado por eles, dificilmente conseguem libertar-se, uns por causa da
lavagem cerebral que recebem, outros em razão do terrorismo psicológico e da
pressão que sofrem de seus líderes. Seus argumentos são recursos retóricos bem
elaborados e persuasivos, para convencer o povo a crer num evangelho estranho
ao Novo Testamento.
b) São filho do diabo ou de Deus.
“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os
desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade,
porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é
próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44).
Aqui Jesus chama os fariseus de filho do diabo. Se a Igreja
do Senhor Jesus se deixa envolver com filosofias, sutilezas, tradições de
homens (Mt 15.1-3; Cl 2.8), fica envolvida com a mentira, com o diabo, com os
filhos do diabo. Infelizmente pouca gente vive o evangelho verdadeiro porque
seguem a mentira ditas pelos filhos do diabo.
“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos
tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a
ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm
cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência
de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos
fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade” (1ª Tm 4.1-3).
Existem igrejas que são abismo de mentiras. Não se prega a
Bíblia e nem os princípios elementares, muito menos se dá alimento sólido.
Percebemos que enganam o povo com sutilezas vãs, fábulas, tradições, sofisma
rudimento do mundo e não segundo Cristo.
Isso significa que para viver um
cristianismo verdadeiro, tem que ser segundo o evangelho segundo Cristo (Gl
1.6-9), pois se vivemos um evangelho barato e segundo as tradições dos homens e
vão sutilezas,estamos seguindo um evangelho de mentiras. Por mais que se repita
uma mentira, nunca será uma verdade. Mas se ensinamos a mentira então seremos
filhos do Diabo e não de Deus.
c) Não sejamos levados pela aparência.
Muitos cristãos criam um molde na vestimenta assim como os
fariseus nos dias de Jesus e acham que este tipo de endromedária é sinal de
santidade. Os fariseus tinham apenas aparência, eram bonitos por fora, mas por
dentro estão contaminados, ou seja, sepulcro caiado. Jesus conhecendo sua
hostilidade ordena primeiro limpar o interior:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que limpais o
exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de
iniqüidade. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para
que também o exterior fique limpo” (Mt 23.25-26).
A crítica de Jesus a alguns costumes dos
fariseus faz nos lembrar as palavras dos profetas de Israel que alertavam o
povo a cerca das tradições e rituais exteriores, que só por si nada valem. O
que conta, diante de Deus, é a conversão interior, o amor ao próximo e a
vontade de Deus.
A maneira dos fariseus se portarem diante dos homens desagradava a Deus. Pois, sua salvação era vista pelas obras exteriores e não pela fé em Cristo. E, desta maneira, desagradam e entristecem o Espírito Santo. Apesar das Escrituras Sagras ser anunciada através dos meios de comunicações ainda existem centenas de pessoas que pensam estar vivendo uma vida digna diante de Deus, mas estão como os fariseus preocupados em usos e costumes assim desagradando (entristecendo) a Deus pelas suas tradições.
Não se preocupe com a popularidade da parte dos
homens. Um dia Deus julgará o trabalho fiel do crente e o exaltará. Viva para
Ele e para Sua honra, procurando ser como Ele em todo o seu viver e em todo o
seu ministério.
Um tema do livro de Juízes no capítulo 17.6 e 21.25 os
israelitas seguiram os seus próprios sentimentos e acabaram estragando a vida
espiritual. Não devemos seguir o que vemos, antes devemos seguir o que Deus
ordena:"Cada um fazia o que achava mais reto". Foram
épocas desastrosas na história do povo de Deus. Não há momentos piores do que
os eventos dos capítulos 17 a 21 de Juízes. Eles devem nos levar à
convicção de que seguir nossos sentimentos, nossas emoções, enfim, o que parece
certo para nós, leva ao desastre. A chave da vida sensata é viver conforme os
princípios e os mandamentos do Senhor. Sansão destruiu sua vida deixando seus
olhos determinarem sua conduta.
Em Mateus 7.15 Jesus nos
ensina a ter acautela com os falsos profetas vestidos como ovelhas, mas
interiormente são lobos devoradores. Não devemos nos impressionar com as vestes
(práticas religiosas) dos falsos pregadores, nem com aquilo que dizem, nem com
aquilo que fazem. A marca dos falsos profetas é o interesse egoísta, ao
contrário do bom Pastor que ama as ovelhas. “Não julgueis segundo a aparência,
e sim pela reta justiça” (Jo 7.24).
Os herodianos nos tempos de Jesus reconheceram que Ele era o
messias dizendo: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de
Deus, de acordo com a verdade, sem te importares com quer que seja, porque não
olhas a aparência dos homens” (Mt 22.16).
Enquanto que os fariseus baseavam sua salvação na aparência, os
herodianos reconheceram que Jesus era de fato o Filho de Deus e não se
observava o exterior dos homens, senão o coração. Jamais podemos julgar as
pessoas pelo seu exterior. Podemos cometer um pecado de acepção: “Porém o
SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura,
porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o
exterior, porém o SENHOR, o coração” (1ª Sm 16.7).
O homem vê o exterior, mas Deus vê o coração. Portanto não
devemos fazer um juízo temerário, pois aquele que julga está condenando a si
mesmo. Eliabe irmão de Davi poderia ter uma boa postura, uma boa presença, mas
não era um homem segundo o coração de Deus.
Samuel foi logo pensando: “Certamente, está
perante o Senhor o seu ungido” (v.6). Porém o homem não vê como Deus vê. A
falha dos fariseus é julgar segundo aparência. Por isso foram reprovados por
Jesus.
O valor e o caráter do homem não devem ser julgados por sua aparência.
Só por ter boa aparência e magnetismo pessoal para atrair o povo, não quer dizer
que tal pessoa seja autêntico homem de Deus.
O povo corria para Jesus, porque ele alimentava com verdades
que Seu coração desejava ansiosamente. Não com ilusões e idéias e ensinamento
humano.
A intenção de Jesus era de levar
o povo à conversão a Deus e essa também deve ser a nossa. Jesus buscou criar e
desenvolver virtudes positivas, tais como a honestidade, a humildade, a pureza,
o altruísmo, a bondade, o sacrifício, que enobrecem o caráter, firmam a conduta
e alegram o viver. Desejou para seus discípulos uma vida o mais humanamente
possível, libertá-los do pecado.
VI. OS FARISEUS
DESENVOLVERAM DUPLA PERSONALIDADE
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos, e de toda imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade” (Mt 23.27-28).
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos, e de toda imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade” (Mt 23.27-28).
Aqui Jesus está falando claramente da dupla
personalidade dos fariseus e de suas hipocrisias. Eram religiosos inteligentes
e eficientes, mas não podiam escondê-las dos olhos oniscientes de Jesus Cristo.
Por fora, simpatia, sorrisos e limpeza; por dentro, sujeira, mentira, ganância,
roubo, injustiça, podridão moral, promiscuidade, etc.
Devemos saber que o fermento da hipocrisia ainda existe.
Proliferam-se como o joio no meio do trigo. E tornam-se invulneráveis, ou seja,
não podemos arrancá-los.
Mas nem todos na Casa de Deus estão combatendo a sua
hipocrisia, como Jesus fez. Quem concorda com um hipócrita, mais cedo ou mais
tarde será hipócrita também. O vírus da hipocrisia se transmite mais facilmente
do que sarampo ou varíola.
Quem defende um hipócrita é tão hipócrita
quanto ele. Quem bajula um hipócrita é mais hipócrita que ele.
Os hipócritas usam simultaneamente as
duas mãos. Com uma afagam. Com a outra, apunhalam. Como morcegos, assopram uma
suave brisa enquanto chupam e sugam o sangue de suas vítimas.
Todo hipócrita tem duplicidade de
palavras e de atos. Diz uma coisa, enquanto está pensando noutra. Por isso
Jesus lhe disse: “Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está
escrito: Este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de
mim”. (Mc 7.6).
VII. FARISEU TEM MENTE
OBSCURA
“Se alguém ensina outra
doutrina e não concorda com as sãs Palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com
o ensino segundo a piedade, é soberbo, nada entende, mas
tem mania por questões e contenda de palavras, de que nascem invejas,
provocações, difamações, suspeitas malignas. Altercações sem fim, por homens
cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de
lucro” (1ª Tm 6.3-4).
Paulo escreve a Timóteo num sentido de advertência
contra os falsos mestres, cujo caráter é: entendimentos falsos, apesar de nada
entenderem, estão enfatuados com a idéia de serem sábios, e têm em si uma
piedade falsa, e uma santidade falsa. Ele não está preocupado com a doutrina bíblica
que são os fundamentos da verdadeira Igreja, mas tem mania por questões e
contendas de palavras (usos e costumes radicais), que não leva a nada a não ser
provocações, invejas e suspeitas malignas.
As doutrinas bíblicas quase não são ensinadas, pois se
arraigou no farisaísmo e perdeu o brilho do Espírito.
Ele dá o nome de [logomaquias
- questões de palavras]. São às
disputas contenciosas em torno de palavras, quando devia ser em torno do que é
real, as quais são sem conteúdo ou fundamento. Caso alguém investigue
atentamente o tipo de questões que ardentemente preocupam aos sofismas,
descobrirá que dali nada nasce que seja real, senão o que é forjado do nada. Em
suma, o propósito de Paulo era condenar todas as questões que nos envolvem em
acirradas disputa sobre assuntos dos quais nada resulta.
“... homens cuja mente é pervertida
e privados da verdade...” Aqui Pauloestá
censurando os sofistas que não se preocupavam com a edificação da Igreja e
convertiam a Palavra de Deus numa fonte de controvérsias engenhosas. Paulo nos
mostra que os tais mestre queriam profanar a verdadeira doutrina e sua
reprovação é muito mais pesada e grave, pois ele mostra os males perniciosos e
as pragas nocivas resultantes disto. Devemos saber que o ensino sofista é
nocivo à Igreja de Deus.
“....supondo que a piedade é fonte de
lucro...”. Conforme já vimos os fariseus eram avarentos e gananciosos. Aqui Paulo
combate os falsos mestres que procediam da mesma forma fazendo da piedade uma
fonte de lucro. Para esses homens, todo o
cristianismo deve ser aquilatado pelos lucros que ele gera. E como se os
oráculos do Espírito Santo houvessem sido transmitidos não com outro propósito,
senão de servir à sua avareza; negociam com eles como se fossem mercadoria à venda.
Paulo proíbe aos servos de Cristo qualquer gênero de transação com tais homens.
Ele não só proíbe a Timóteo de imitá-los, mas lhe diz que os evitasse como se
fossem peste maligna. Portanto, devemos empenhar-nos ardentemente por levar as
pessoas a entenderem que somos completamente diferentes deles, e que nada temos
em comum com eles.
VIII. OS FARISEUS SÃO
CEGOS
“Fariseu cego, limpa primeiro o
interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo” (Mt 23.26).
Jesus expôs a cegueira de sua geração (Mt 13.13-15). Apesar
de examinarem as Escrituras diligentemente, os fariseus deixavam de ver o que
elas estavam indicando (Jo 5.39-40). Sua pesquisa exaustiva e horas incansáveis
de estudo não produziam para eles discernimento da verdadeira mensagem da
Bíblia.
O que causava a cegueira deles? Eram preconceituosos, permitindo que
seus desejos velassem o que as Escrituras ensinavam. Seu orgulho impedia-os de
se humilharem o suficiente para permitirem que o Senhor abrisse seus olhos (Jo
7.45-52; 9.24-34). Eles deturpavam as palavras que Jesus dizia e negavam seus
milagres (Mt 12.22-24). Eles recorriam a desonestidade absoluta (Mt 28.11-15).
A questão penetrante é: somos cegos também? Ler a Bíblia não nos imuniza.
Somente um coração terno e um amor pelo Senhor nos capacitarão a entender as
Escrituras que lemos.
Jesus expôs a cegueira espiritual
destes líderes, pois ela impedia de conhecê-lo e que Jesus era o Messias.
No ensino de Jesus aos seus discípulos ele diz: “Não dizeis vós que
ainda há quatro meses até a ceifa? Eu, porém, vos digo: erguei os olhos e vede
os campos, pois já estão branquejam para a ceifa” (Jo 4.35).
Os discípulos (aprendizes) de Jesus ainda não haviam
recebido a visão espiritual eram aprendizes. Mesmo andando com Ele.
“Abriram-se-lhes, então, os olhos, e o conheceram, e ele desapareceu-lhes. E
disseram um para o outro: Porventura, não ardia em nós o nosso coração quando,
pelo caminho, nos falava e quando nos abria as Escrituras? E, na mesma hora,
levantando-se, voltaram para Jerusalém e acharam congregados os onze e os que
estavam com eles” (Lc 24.31).
Para os discípulos receberem a visão espiritual era preciso aguardar a
promessa do Consolador. “E eis que sobre vós envio a promessa de meu
Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de
poder” (Lc 2.49). “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo,
e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria
e até aos confins da terra” (At 1.8).
Mas, no dia do Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre
os discípulos aconteceu algo sobrenatural e suas visões espirituais se abriram:
(At 2.1-4).
Os fariseus jamais poderiam ter uma visão espiritual, uma visão completa
do Reino de Deus, pois não tinham a essência do Espírito Santo nas suas vidas.
E sem esta essência sobrenatural o homem não consegue ver o amor de Deus
derramado sobre os corações. Ele está cego, sem comunhão, sem amor, sem
misericórdia, sem fé, sem a verdadeira santidade e a obediência genuína das
verdades bíblicas.
As palavras de Jesus em Mateus 23 se constituem na
sua mais severa denúncia contra os líderes e falsos mestres que rejeitavam em
parte a Palavra de Deus, substituindo a revelação divina por suas próprias
idéias e interpretações (vv. 23, 28; 15.3, 6, 9; Mc 7.6-9).
Cristo não era um pregador tímido, a tolerar o pecado. Ele foi
fiel à Sua missão de combater o mal (Mt 21.12-13; Jo 2.13-16), combater as
tradições e doutrinas de homens (Mt 15.1-3, 9) e denunciar o pecado de
corrupção entre os importantes (Mt 23.23-25).
O amor de Jesus pelas Escrituras inspiradas do Seu Pai,
bem como pelos que estavam sendo arruinados pela distorção delas (Mt 15.2-3;
18.6-7; 23.13-15), era tão grande que levou a usar palavras tais como:
“hipócritas” (v. 15), “filhos do inferno” (v. 15), condutores cegos (v. 16),
insensatos (v. 17), cheios de rapinas e de iniqüidade (v. 25), limpa só no
exterior (v.25), sepulcros caiados (v. 27), imundícias (v. 27), iniqüidade (v.
28), serpentes (v. 33), raça de víboras (v. 33) e assassinos (v. 34).
Estas palavras, embora severas e condenatórias, foram ditas
com profunda dor (v. 33), por aquele que morreu pelas almas a quem dirigiu
estas palavras (cf. Jo 3.16; Rm 5.6-8).
Jesus descreve o caráter dos falsos mestres e pregadores como
os dos ministros que buscavam popularidade, importância e atenção das pessoas
(v. 5), que amam honrarias (v. 6), e títulos (v. 7), e que, com o evangelho
distorcido que pregavam, impedem as pessoas de entrar no céu (v. 13). São
religiosos profissionais que, na aparência, são espirituais e santos, mas, que
na realidade, são iníquos, falsos e assassinos (vv. 14, 25-27). Falam bem dos
líderes espirituais piedosos do passado, mas não seguem as suas práticas, nem
sua dedicação a Deus e à sua Palavra e justiça (vv. 29-30).
Rodeiam a terra toda para fazer um prosélito (seguidor
seu), mas quando conseguem e trazem para dentro da igreja “fazei filho do
inferno”. Por quê? Porque eram religiosos muito duros, radicais, fanáticos.
Traziam o povo para a igreja, mas depois condenavam por coisas insignificantes
como fazem hoje e jogavam no inferno.
Você pode estar sendo tão
“religiosos”, que nunca será espiritual. Não importe o quanto ore. Mas você pode estar
perdido, sem mesmo conhecer Deus, apesar de manter uma vida de oração. Não
importa quanto você conheça a Bíblia, ou o que você sabe sobre Deus. Estou
perguntando se você já está liberto das tradições ou se você já tirou a venda
de teus olhos que impedem de conhecer a verdade.
IX. SÃO ACÉTICOS E
DOGMÁTICOS
No ceticismo dogmático o objetivo não é
investigar e obter conhecimento, mas unicamente desacreditar alguma idéia que
contrarie um conjunto de crenças pré-estabelecidas. Na vigência do ceticismo
dogmático, nenhuma nova idéia pode florescer. É o ceticismo conduzido às
fronteiras do cinismo, da hipocrisia, da ignorância. É o “não querer saber”
levado ao exagero insano (por isso ignorante), disfarçado de “indagação e
exame” (por isso cínico e hipócrita). É o ceticismo adotado pela Igreja nos
tribunais de Inquisição. Lembremos do exemplo de Galileu Galilei, que foi
obrigado a negar a sua descoberta de que a terra é que gira ao redor do Sol.
Quando solicitou aos inquisitores que olhassem pela luneta, estes simplesmente
se negaram, alegando que ela estaria adulterada ou que Satanás estivesse a
produzir ilusões de ótica para desvirtuar o homem do caminho da verdade.
O ceticismo, quando utilizado de
forma inteligente e livre de dogmas, permite que não nos contentemos com
respostas mal dadas. Nos impele para o sincero questionamento e nos direciona
para as descobertas.
X. SÃO INSUBORDINADOS
“Porque existem muitos insubordinados,
palradores, frívolos e enganadores, especialmente os da circuncisão. É preciso
fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não
devem, por torpe ganância. Este testemunho é exato. Portanto, repreende-os
severamente, para que sejam sadios na fé. Não dando ouvido a fábulas judaicas,
e nem a mandamento de homens que se desviam da verdade” (Tt 1.10-14 – RC).
Paulo adverte a Tito mostrando as características dos hereges:
Sua atitude: Insubordinados contra a Palavra; Palradores
frívolos; cabeças vazias com discursos vãos, legalistas.
Sua ambição: Vigarista em matéria de religião, gananciosos.
Enganadores. Do grego frenapath phrenapates significa: impostores ou sedutor.
Paulo demonstra
novamente sua constante preocupação com os falsos mestres e a saúde doutrinária
das igrejas. Entre esses, estavam “os da circuncisão” (1.10,14). Tal expressão
designava os judaizantes, aqueles que queriam impor a lei judaica sobre os
gentios convertidos ao cristianismo.
Paulo identifica
três elementos nítidos em sua doutrina que provocam falsidade.
Primeiro: eles ensinavam aos novos convertidos a seguirem os preceitos judaicos
se quiserem ser salvos. Eles ensinavam que a salvação pela graça não era
suficiente. O crente que desejasse ser salvo teria que obedecer as normas da
lei, as tradições e filosofias dos rabinos. Segundo: eles professavam conhecer
a Deus, mas negavam a fé através de seus atos. Terceiro: nas suas consciências
corruptas, permitiam a perversão daquilo que é puro.
“Todas as coisas são
puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque
tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas. No tocante a Deus,
professam conhecê-lo; entretanto, o negam por suas obras; é por isso que são
abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra” (Tt 1.15-16).
O modo como uma pessoa pensa a
respeito de si mesma é a chave de como pensará sobre outros, e para a
perspectiva geral de sua vida. Aquele que vê pecado em tudo, também irá julgar
seu irmão pelo o que ele vê e não segundo um raciocínio lógico. Por esta razão
o Apóstolo diz: “É preciso fazer calar” (v.11). Calar no grego epistomizw
epistomizo - calar a boca, silenciar, no sentido de amordaçar cães.
Paulo usa uma expressão forte, porque são fariseus mentirosos que estavam se
infiltrando no meio cristão para corromper o evangelho tirando, assim, da
simplicidade que há em Cristo Jesus.
Os fariseus tinham suas mentes
cauterizadas e ensinavam com engano a Palavra do Senhor. “...para os impuros e descrentes, nada é puro”.
Tito estava habitando em meio a um povo corrupto na Ilha de
Creta. Os habitantes desta Ilha tinham reputação tão má diante do mundo antigo,
que os grego criam que a palavra KRETIZEN, significa mentir ou
enganar.
Os fariseus não viam pecado na corrupção dos habitantes daquela ilha, mas no descumprimento das regras judaicas.
Os fariseus não viam pecado na corrupção dos habitantes daquela ilha, mas no descumprimento das regras judaicas.
Isto acontece hoje em muitas igrejas. A imoralidade,
corrupção, roubo ete, não é um pecado grave, mas desobedecer à regra dos usos e
costumes impostos pelo dirigente, você está sujeito à exclusão.
Pr. Elias Ribas
Assembléia de Deus
Blumenau SC.
Blumenau SC.
Postado por Pr. Elias Ribas


















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