SEPARANDO O VERDADEIRO DO FALSO
I. DEUS NEM SEMPRE FALA QUANDO
FALAMOS COM ELE
É importante saber que cada momento
da nossa história, Deus tem uma maneira de tratar conosco. E o faz quase sempre
de forma diferente. Deus nem sempre defende as mesmas coisas. Devemos analisar
os contexto, o tempo e o povo que Deus está falando. Isso significa que dizer a
Palavra de Deus tem a ver com o dizer o que Deus está dizendo naquela situação.
Por isso ficar em silêncio é melhor do que falar por conta própria ou falar
como se Deus estivesse falando. Devemos aprender com Deus a partir da Sua forma
de agir e pensar em cada momento da história.
Deus não fala sempre que falamos por
Ele. Ninguém tem garantias de que o fato de estar falando em nome de Deus, e de
estar defendendo hoje uma causa que Ele já defendeu, significa estar fazendo a
vontade de Deus. Deus nem sempre defende as mesmas causas. Talvez você ache
contrário, todavia, através de um estudo mais profundo da Bíblia Sagrada,
nota-se que tal declaração é fato incontestável. Um caso clássico disso foi o
episódio vivenciado pelo profeta Jeremias, quando denunciou os falsos profetas
de Israel (Jr 27.1-22; 28.1-7). O profeta das lamentações como ficou conhecido
na história bíblica, acusava os profetas palacianos, criticando a maneira pela
qual interpretavam os acontecimentos que permeavam a história de Israel. Eles
profetizavam com uma visão historicamente correta, baseados no fato de que Deus
operou no passado opera também no presente. Não existe nada errado nisso, do
ponto de vista racional, não existe nenhuma contradição nessa conclusão. Porém,
para cada momento da nossa história, Deus tem uma maneira de tratar conosco. E
o faz quase sempre de forma diferente. Com Adão Deus tratou verbalmente, com
Israel através da lei mosaica e dos profetas e com nós através de nosso Senhor
Jesus Cristo e de Sua graça.
II. DEUS NEM SEMPRE FALA E FAZ AS
MESMAS COISAS
Falar em nome de Deus quando Deus não
está falando constitui perigo incalculável. É o mesmo que brincar com fogo.
Assim diz a Bíblia no livro de Provérbios: “Pode alguém brincar com fogo sem se
queimar”. São sem dúvida às vezes que já ouvi pessoas falando por Deus e em
nome de Deus com o objetivo de demonstrar espiritualidade superior.
III. NEM TUDO QUE SOBREVIVE É DE DEUS
Nem tudo que tem sobrevivência
histórica é de Deus. Nenhum movimento por mais que possua aparência monumental,
grandioso, pode ser verdadeiro ou falso. Gamaliel diz no livro de At 5.3-39 “Se
for de Deus, vai continuar”. Se admitirmos esse critério, o que dizer de
algumas religiões milenares que até hoje estão entre nós e nem por isso
deixaram de ser heréticas, comparadas à Palavra de Deus.
Evidente que, assim como não podemos
criticar os grandes grupos como sendo duvidosos, não podemos jamais advogar a
idéia de que os pequenos grupos são sempre sinal de espiritualidade. O justo
julgamento é analisar a situação a partir dos métodos que estão sendo empregados
no grupo dos grandes números e no grupo dos pequenos números. Há métodos de
crescimento de igrejas que são absolutamente extra-bíblico, mas que estão sendo
usados, à revelia das Escrituras, como forma de ensino. Em contra partida, há
igrejas que também estão estacionadas, utilizando métodos antiquadros para o
momento e por isso se esvaziam.
IV. COMO É CARACTERIZADO UM ENSINO
FALSO
Mas, que tipo de ensino pode ser
caracterizado como falso, segundo a Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada tem muito
a dizer sobre isto, justamente porque Jesus lidou com esse problema todo o
tempo de Seu ministério, que foi uma verdadeira cruzada contra o farisaísmo, ou
seja, um tipo de prática religiosa distorcida (Mt 15; 23).
Do ponto de vista bíblico, podemos
definir um ensino falso, se nele existem os elementos que vamos mencionar
abaixo:
1. Se ele produzir uma prática cristã
que consista, exclusiva e principalmente, na observação de exterioridades (Mt
23). Jesus foi bem incisivo mostrar que o farisaísmo é uma prática religiosa
distorcida. As palavras de Jesus contra os escribas e fariseus hipócritas ainda
hoje servem de alerta para que, em nossas atitudes, não venhamos a ser o que
eles foram, “falsos ministros”. Nenhuma igreja deve fundamentar sua ética na
estética. Isso porque, nós não somos o que as pessoas dizem que somos, e nós
não somos o que as pessoas querem que sejamos. O exterior nem sempre é o que as
pessoas são.
2. Se ele produzir uma religião que
se estribe tão somente em proibições e regras (Cl 2.10, 23). A essência do
cristianismo é a graça de Deus. Graça é a liberdade de poder fazer tudo que
devemos para a glória de Deus, é lógico, não pode ser banalizada, e sem ser dar
ocasião aos frutos da carne.
3. Se ele produz uma religião fácil
(Jd 4). Afrouxar os limites morais é desastre maior. Um Deus banalizado, com
perdas do Seu Senhorio, é bem pior do que um Deus fogo consumidor.
4. Se o ministro separa a religião da
vida e da atividade do mundo deve ser considerado falso. Aliás, quando passamos
a enxergar o mundo à volta de nós a partir de Cristo, começamos a entender sua
beleza e seu propósito, pois Deus criou todas as coisas boas para nós, seus
filhos, para vivermos alegremente a vida que Ele nos outorgou.
5. Se ele produz um tipo de religião
que se expressa como piedade superior (Mt 6.6-9). Jesus combateu
severamente aqueles que se utilizam à religião e da espiritualidade para
pisotear, desmerecer e combater pessoas. Do ponto de vista bíblico ninguém pode
fazer-se melhor de quem quer que seja. Muito pelo contrário espiritualidade
deve ter carinho, amor, cuidado, respeito com o ser humano. Isto sim é
espiritualidade e autoridade. Deus demonstrou Seu amor para com nós dando o que
tinha de melhor; Seu Filho Jesus Cristo para morrer numa cruz pela humanidade.
Ele não olhou para as nossas condições de pecado, mas se entregou por nós para
que fossemos feitos justiça Sua.
6. Se ele leva as pessoas a
produzirem comportamento ascético e enclausurado, sem submeter a ninguém,
também está fora dos ensinamentos bíblicos, pois Jesus condenou. Toda vida de
Jesus, ao contrário do que muitos ensinam, foi transformar o Sagrado em comum,
e tornar comum em Sagrado. Ele fez isso porque a tendência do religioso é
sempre separar e fazer para si uma redoma espiritual na qual tenta se abrigar
dos pecadores do mundo. Há muitos que passam a vida inteira em conventos e
mosteiros para a purificação do espírito. Ao contrário, Jesus orou ao Pai
dizendo: “Não peço que os tire do mundo, mas que os livres do mal”. O sagrado
para os fariseus da época era ser diferente exterior e nem podiam se quer falar
ou comer com gentios. Se estivermos enclausurados como poderemos cumprir com a
ordem de Jesus? “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mt
28.19).
7. Se ele produz uma religião
arrogante e separatista, porque o ensino bíblico tem por finalidade aproximar
os homens entre si, e não separá-los. Jesus diz: “Bem aventurado os
pacificadores (fazedores de ponte), porque serão chamados filhos de Deus”. Não
podemos criar barreiras, muralhas, colocar dificuldades e empecilho, devemos,
sim, construir pontes de acesso às pessoas. Portanto qualquer ensino que passe
desse limite deve ser considerado, no mínimo, extra-bíblico.
Se ele produz uma religião de estilo
oligárquico, onde se torna dono da casa de Deus, perde a visão do Reino de
Deus. Ninguém pode se assenhorear da obra de Deus e da sua vocação. Deus tem os
seus meios de chamar, escolher, preparar, usar, mudar colocar etc... Nenhum
líder tem o direito de querer mudar isso, pois estará entrando na contra mão da
vontade de Deus. Isso é extremamente perigoso.
V. OS ARDIS DOS FALSOS MINISTROS
No evangelho segundo Mateus 7.15-23,
Jesus usa de uma figura extremamente pragmática para nos advertir contra o
perigo de nos deixarmos enganar pelas aparências. Ele também nos avisa acerca
dos ardis dos quais se utilizam os falsos pregadores, a saber:
1. A sutileza.
O primeiro ardil acerca do qual Jesus
nos adverte como precaução contra os falsos arautos é a sutileza. Sobre isso o
Filho de Deus diz: “Vem até vós disfarçados de ovelhas, mas interiormente são
lobos devoradores” (Mt 7.15). Aqui Jesus não está falando de um disfarce
estético, mas usa expressão a fim de indicar a natureza humilde e mansa. O
lobo, para enganar a ovelha, finge ser uma ovelha, e até se parece com a
ovelha, está no meio das ovelhas, mas não é ovelha, é lobo. O Falso pregador,
apoiado no seu engano, vive literalmente das ovelhas, comendo a sua carne e vestindo-se
com a sua lã (Ez 34.2-5), sem o cuidado terno que Jesus nos ensina. Ele se
coloca como dono e senhor das ovelhas, esquecendo que o rebanho pertence a uma
só cabeça, que Cristo Jesus.
2. Não enfatizam as coisas
necessárias.
O segundo ardil usado pelos falsos
pregadores está no fato de não enfatizarem as coisas realmente necessárias.
Notem que não estou declarando que os falsos profetas não falam sobre o que é
certo, apenas disse que não enfatizam o certo. Ora, não enfatizar a verdade é
omissão; é desvio; é mau hábito; é tornar a verdade mentira, pois uma verdade
dita pela metade constitui-se a pior mentira. Não dar ênfase à verdade é
ocultar ao povo o modo correto de viver, agir, fazer, ser. Não enfatizar o que
é certo é chamar Jesus por apelido; é fazer o povo entrar pela porta dos
fundos; é deixar o povo à mercê dos seus próprios conselhos. Portanto, ocultar
a verdade é tão ou mais condenável do que divulgar heresias. Em sua Epístola
aos Romanos 1.18, Paulo diz: “A ira de Deus se revela do céu contra toda
impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça”. Esta
passagem demonstra que um dia Deus irá julgar e condenar aqueles que mudam a
verdade de Deus em mentira.
3. Procuram agradar a todos.
O terceiro ardil que freqüentemente é
usado pelos falsos pregadores é procurar agradar a todos. É o convite à
conveniência, ao fácil-fácil, ao atalho, à barganha, ao prazer imediato e
irresponsável, ao sucesso sem lágrimas, à glória sem cruz, ao céu sem
arrependimento, à graça sem exigência, enfim, um evangelho fácil. Segundo o que
Jesus fala em Mt 7.16, há uma semelhança entre o verdadeiro e o falso pregador,
a exemplo dos espinheiros que tinham um fruto negro, redondo e pequeno, muito
parecido com pequenas uvas. Contudo, o que é falso, repito, não fica por muito
tempo sem mostrar a sua verdadeira natureza, pois, segundo Jesus, é “pelos
frutos que se conhece a árvore”.
4. Mudam o sentido da Palavra.
Uma das estratégias de Satanás é usar
os falsos pregadores para mudar o sentido da Palavra, para corromper o Santo
Evangelho.
Satanás é o pai da mentira, usou e
continua usando a Palavra de Deus de uma forma errada. Na provação de Jesus no
deserto, ele a usou, para enganá-lo, dizendo: “Se tu és o Filho de Deus,
lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a
teu respeito: e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra”
(Mt 4.6). Este versículo que o Diabo o pai da mentira citou está escrito no
livro dos Salmos 91.11. Porém, neste Salmo não está escrito “lança daqui para
baixo”; o diabo acrescentou e usou mal o sentido da Palavra.
Na igreja primitiva, Satanás usava a
perseguição, mas após o ano trezentos, quando o Imperador Constantino aceitou o
cristianismo como religião oficial, o diabo mudou sua tática usando os falsos
mestres para corromper o sentido da Palavra. Todo cristão que está comprometido
com a Verdade deve combater os falsos pregadores, que mudam o sentido da
Palavra de Deus.
Os falsos pregadores usam versículos
isolados e torcidos da Palavra para enganar os incautos. Já ouvi pregador
ensinar que o estudo da Palavra corrompe o cristão, usando o versículo “...
porque a letra mata e o Espírito vivifica” (2ª Co 3.6).
A “letra” representa o “ministério da morte, gravado com letras em
pedras” que foi dado aos israelitas através de Moisés (3.7, 3), que leva a
morte (Rm 7.5; Gl 3.21). A Lei, com o seu ministério de condenação, se
contrapõe à mensagem do ministério de justiça (Rm 1.17; 3.21-22).
O “Espírito” representa a Nova Aliança de Cristo, revelada através do Espírito
Santo e escrita em nossos corações (3.3,4,6,8).“O qual nos habilitou para
sermos ministros de uma Nova Aliança”.
No paralelismo bíblico, a letra
refere-se a lei: “Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a
que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na
caducidade da letra” (Rm 7.6 RA) . “Porém judeu é aquele que o é interiormente,
e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo
louvor não procede dos homens, mas de Deus” (Rm 2.29 RA).
O cristão deve usar todos os recursos
e meios para aprender a Palavra, pois o próprio Jesus diz ao povo judeu:
“Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22.29). E
quando o povo de Israel estava sendo destruído pela falta do ensino, Deus
replica através do profeta Oséias, dizendo: “O meu povo está sendo destruído,
porque lhe falta conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento,
também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim...” (Os
4.6).
O sagaz Satanás usa seus ministros
para corromper a igreja, usando versículos isolados e de uma maneira errada,
para que a Igreja não venha buscar a sabedoria divina. Porém o grande sábio
Salomão nos exorta, em seus provérbios, a adquirirmos habilidade nas
Escrituras: “Ouça o sábio e cresça em prudência e o instruído adquira
habilidade. Para entender provérbios e parábolas, as palavras dos sábios. O
temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o
ensino” (Pv 1.5-7).
O verdadeiro ministro comprometido
com Jesus é aquele que segue os passos do Seu Senhor. “Crescia o menino e se
fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele” (Lc
2.40) “E crescia Jesus em sabedoria estatura e graça, diante de Deus e dos
homens” (Lc 2.52).
O crescimento de Jesus foi um
desenvolvimento humano, mas perfeito nos sentidos físicos, mental, moral e
espiritual. Essa descrição afirma a perfeita humanidade de Jesus. Analisando os
textos acima, constatamos que o mestre Jesus teve três processos de
aprendizado: 1. Familiar. 2. Secular. 3. Religioso. Se um ministro quiser ser
aprovado na obra do mestre Jesus, deve tomar seu exemplo.
Quando o Senhor Deus aparece em
sonhos ao rei Salomão, dizendo: “Pede-me o que queres que te dê” (1° Rs 3.5),
Salomão poderia aproveitar da bondade divina e pedir riquezas, fama, glórias, a
morte de seus inimigos, longevidade, mas ele foi sábio e não pediu nada disso,
apenas entendimento para discernir o que é justo.
“Dá, pois, ao teu servo coração
compreensivo para julgar a teu povo, para prudentemente discernir entre o bem e
o mal” (1° Rs 3.9).
Salomão fez a melhor escolha para uma
boa liderança. Não foi avarento nem pretensioso, pediu apenas o necessário, e
Deus lhe deu mais. É importante sabermos que a riqueza, a fama, posição não são
importantes para sermos um bom líder. Mas a sabedoria do alto, a capacidade para
discernir entre o certo e o errado, entre o bem e o mal, a prudência, a
humildade, isto nos faz triunfar com Deus. Se nosso coração for bom, sempre
Deus nos dará a mais.
Cada cristão recebe de Deus um
ministério, mas o que ensina, diz Paulo, esmere-se no ensino (Rm 12.7).
Esmerar-se é procurar com o máximo empreendimento aprender a Santa Palavra
corretamente, para que não venha ser enganado pelo diabo.
Salomão chama de loucos os que
desprezam o ensino. “Mas os que amam o ensino acham o bem...” (Pv 16.20). E
Pedro exorta a igreja a crescer na graça e no conhecimento (2ª Pe 3.18).
Ao pastor Timóteo Paulo diz: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como
obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneje bem a palavra da
verdade” (2ª Tm 2.15).
Quando Paulo se refere-se a “Pastor e
mestre”, no ensino ministerial para a igreja em Éfeso (4.11), ele procura
mostrar que o mestre (no gr. didaskalos – mestre professor) corresponde a um
ofício de um pastor. Mestre no Novo Testamento é alguém que ensina a respeito
das coisas de Deus, alguém que é qualificado para ensinar. Alguém que, pelo seu
imenso poder como mestre atrai multidões como João Batista e Jesus. O mestre
Jesus empregou a expressão para referir-se a si mesmo como aquele que mostrou
aos homens o caminho da salvação. Segundo a Bíblia, é aquele que, nas
assembléias religiosas dos cristãos, encarregava-se de ensinar, assistido pelo
Santo Espírito.
O crente comprometido com Deus não
deve dar ouvidos às palavras torcidas dos falsos obreiros que Satanás introduz
no meio cristão para impedir o verdadeiro ensino. Se você for um ministro hábil
na Palavra, não será enredado pelos falsos ministros. Amém!
O apóstolo João, ao escrever sua
primeira carta, nos mostra três classes de crentes dentro da igreja.
“Filhinhos, eu vos escrevo, porque os
vossos pecados são perdoados, por causa de seu nome. Pais, eu vos escrevo,
porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi,
porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o
maligno” (1ª Jo 2.12-14).
A. Filhos: são os novos convertidos
na fé cristã; meninos, como crianças de colo, que necessitam de todo o cuidado.
B. Pais: São os mestres que cresceram
no conhecimento e na graça da Palavra e estão aptos para ensinar.
C. Jovens: São aqueles que já
venceram o maligno e estão crescendo no conhecimento.
Á medida que crescemos, desenvolvemos
uma imaginação que pode reconhecer e explorar as tensões existentes entre o bem
e o mal, o amor e o ódio, aceitação e rejeição.
Um menino sempre irá fazer coisas de
menino. Para um jovem lhe faltará a experiência. Mas para o pai é aquele que
age com cautela e sabedoria, experiência, amor e fé.
Jamais um pai irá subir no púlpito
para contar estória de Cinderela, Branca de Neve e Chapeuzinho Vermelho. Ele
terá fundamento bíblico para ensinar os mais jovens e também os filhinhos.
O que faz tornar-me um pai? Crescer
na graça e no conhecimento (2ª Pe 3.18), para ser um obreiro aprovado e que
maneje bem a espada do Espírito (2ª Tm 2.15).
VI. O PERFIL DE UM FALSO MINISTRO
À luz das Escrituras, um falso
pregador tem sempre no seu perfil algumas características especifica. Mas a
Bíblia aponta como defeito principal do falso profeta:
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1. Prega por ganância.
Ele transforma o Evangelho de Jesus
em objeto de liquidação. Vende às pessoas um lugar no céu; não tem nenhum
escrúpulo de cobrar quantias vultosas por uma oração de libertação e cura.
Negociam com os carismas de Deus, dizendo estarem incentivando a fé. De acordo
com o apóstolo Paulo, os que agem assim se tornam inimigos da cruz de Cristo,
porquanto o seu Deus é o ventre e a sua glória é a vergonha (Fp 3.18-19).
2. Prega por prestígio.
Ele visa apenas a projeção pessoal, o
estrelato e a publicidade, não se importando em dar toda glória a Deus. Não se
preocupa em beneficiar os seus ouvintes, mas, sim, com o que pode tirar de
vantagem de cada um deles. Instrumentaliza a Palavra de Deus para proveito
pessoal, roubando todos os méritos de Deus para si próprio.
3. Prega para transmitir as próprias
idéias.
Não se coloca na presença de Deus
apenas como porta-voz de sua mensagem, deixando-a fluir para os corações dos
ouvintes, mas faz questão de colocar-se como co-autor dessa mensagem. Aliás,
todo falso pregador começa difundindo a sua idéia a partir do que ele chama de
uma “nova revelação de Deus”. A maioria das seitas religiosas falsas existentes
usa essa mesma estratégia para conseguir adeptos. Começa por uma visão que
alguém diz ter recebido de Deus ou de anjo.
4. Ensina que a salvação é pelas
obras.
Tiago 2.14-18 diz que a fé sem obra é
morta, mas usar as obras como meio de salvação é pisar no sacrifício de Jesus.
As obras que Tiago relata neste contexto referem-se ao trabalho e à caridade
dedicada na seara de Cristo. Deus nunca aceitou a obra humana como meio de
salvação. Já no Velho Testamento Ele diz, no livro do profeta Isaias: “A nossa
justiça para o Senhor Deus é como trapo de imundícias” (Is 64.6). Mas os falsos
ensinadores colocam a salvação pelas obras, leis dos homens, costumes radicais,
usando como base versículos isolados da Bíblia; fazem dos costumes doutrinas
(LIMA. p. 85-90).
VII. AS INFLUÊNCIAS DEVASTADORAS DOS
FALSOS MINISTROS
Não é muito difícil ao cristão
sincero identificar um falso ministro. Existem alguns aspectos básicos que,
observados, mostrarão a moderna estratégia do diabo, que é a conquista das
mentes (2ª Co 4.4). A batalha existente no momento em todo o mundo é uma
batalha mental, onde as falsas ideologias, as falsas filosofias e as falsas
crenças subestimam a Palavra de Deus. Jesus, em seus ensinos falou-nos acerca
do joio no meio do trigo (Mt 13.29), ensinando a influência que o joio exerce
no reino de Deus, porém ressaltando que o fim desse símbolo do mal será no fogo
eterno (Mt 13.30). O joio tornou-se nessa grande confusão de seitas que usam a
Bíblia para desviar o povo da Verdade. Satanás, o semeador de joio no meio dos
povos, tem arregimentado toda a sua força no sentido de solapar a fé dos salvos
e de aproveitar-se da credulidade dos simples e leigos. No seu desejo de
enganar o homem, Satanás tem estimulado o surgimento de falsos mestres, o que
já havia sido predito pelos apóstolos (At 20.29-30 e 2ª Pe 2.1). Isso ele faz
para restringir o crescimento do Reino de Deus, já que os falsos mestres
ensinam doutrinas erradas para confundir os incautos.
Se Satanás não pôde destruir a igreja
usando as armas externas da perseguição, ele agora tenta destruí-la usando os
falsos intérpretes das intenções de Deus, que estão dentro da própria igreja.
Este tem-se constituído no principal meio de ação do adversário, visando a
minar as bases da igreja e abrir brechas nas suas muralhas. Infelizmente, os
falsos ministros surgem dentro da própria igreja, por um desvio doutrinário.
VIII. ESTRATÉGIAS PARA REFUTAR OS
FALSOS MINISTROS
Reconheça que os argumentos humanos
são incapazes de mover o coração ao arrependimento, pois somente o Espírito de
Deus pode fazê-lo. Ore pelas pessoas que deseja levar a Cristo, pedindo que
Deus abra seu coração para a Verdade. Toda pessoa sem Cristo está completamente
perdida, e, por incrível que pareça, a maioria dos brasileiros estão perdidos
nas seitas e religiões. Entretanto, existem muitos sedentos, como o eunuco
etíope, que disse a Felipe: “Como poderei entender se alguém não me ensinar”?
Às vezes afirmamos que não nos
interessa estudar as seitas e heresias, mas apenas a Palavra de Deus. Sem
querer criticar os que pensam assim, dentre muitos outros motivos, devemos, sim
estudá-las, para adquirir conhecimento, objetivando combater as heresias e os
falsos ministros que surgem a cada dia; e nos preparemos para a obra de
evangelização; aumentemos a nossa fé; e aumentamos nossa responsabilidade (Ef
6.14-17).
A maior arma para combater os falsos
ministros é a Palavra de Deus e a oração. O estudo correto da Palavra e a
oração destroem as fortalezas que o diabo constrói para torcer o Santo
evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Sem a Palavra e a oração é como se
estivéssemos em uma selva sem uma bússola, perdidos e sem saber para onde ir.
Não conhecemos a bússola e que não sabemos como usá-la.
FONTE DE PESQUISA
1. PAULO CÉZAR LIMA.
Separando o Verdadeiro do Falso, Obreiro, ano 22, nº 11, p. 85 a 90.
Edtora, CPAD, Rio de Janeiro – RJ.
Pr. Elias Ribas
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Blumenau - SC
Postado Por: Pb. Fernandes M. Silva - Assembléia de Deus Maruim - Sergipe
Em 10/12/2012 - ás 09:20h
Fonte: Teologia em Foco
http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2010/09/separando-o-verdadeiro-do-falso.html
Postado Por: Pb. Fernandes M. Silva - Assembléia de Deus Maruim - Sergipe
Em 10/12/2012 - ás 09:20h
Fonte: Teologia em Foco
http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2010/09/separando-o-verdadeiro-do-falso.html































Continuação do Estudo Bíblico sobre os falsos mestres e falsas doutrinas.
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